07/08/2012

A CURA



Aceitar um fim é aceitar um novo começo. Continuar numa relação onde as pessoas não mais se relacionam faz tanto sentido quanto ir patinar porque está com fome. Você perde tempo, pessoas, vida. Você ganha arranhões que poderiam ter sido evitados, ganha mágoas de alguém que poderia ter sido sempre especial e só. Ninguém disse que iria ser fácil, ninguém disse que não iria doer. O costume grita e você pensa que é o amor ainda vivo em algum canto. Grande engano, grande perigo. Até que o costume mude de figura, tudo é vazio, lembrança, saudade, tudo é ele. Mesmo depois do fim, mesmo sem amor. É o velho vício de mexer na ferida, sentir fisgada só pra não ficar sem sentir nada. E você ouve muitas fórmulas pra fazer tudo isso passar mais rápido, muito atalho tentando driblar o tempo. Não vou dizer que nenhum funciona, assim como não digo que algum funcione a longo prazo ou definitivamente. Não importa quantos corpos você tenha
 no verão, no inverno você sente falta da história, da alma, das manias. Vai ser ele por um bom tempo o dono das saudades bobas, das carências mais fortes, do carinho. E não tem fórmula mágica pra isso. Agora, se acabou, com certeza teve um bom motivo, já deixou de ser bonito como nas lembranças preferidas, por mais difícil que seja lembrar dos fatos por esse ângulo. E pro costume tomar uma nova forma, você tem que usar novos moldes, sem recaídas, sem se fechar pro mundo. Você vai tentar substituir ele por outro, assim, como quem muda de manteiga no café da manhã. E pode dar muito certo por uns meses, depois o novo cara é só mais um anexo no arquivo de decepções e a saudade, de algum modo estranho, nem é do cara novo. Tantas promessas de tudo ser diferente e no fim tudo sempre tão igual. E o vazio só aumenta, uma bola de neve. Até o dia que você acordar de manhã, se olhar no espelho e entender que ali tem alguém inteiro e com tudo que você precisa pra ser feliz. E esse dia, anota aí, vale mais que anos. Não se cura um amor com um novo amor. Se cura com amor-próprio


Leve e Louca


Me disseram que fui louca ao dizer o que sentia, que coloquei tudo a perder e um monte de blá,blá,blá, na verdade eu fui eu, apenas eu.
É comum as pessoas querem que as outras sejam verdadeiras, porem quando encontram a veracidade e a autenticidade delas em geral as deixa com medo.
Pois na minha opinião problema de quem tem esse medo. Eu fiz, e falei o que queria e não me arrependo.
Ouvi sim um NÃO enorme e até engraçado, mas agora eu me libertei, sou mais livre e mais feliz, já que agora as atitudes dele já não me afetam mais.
Isso é revigorante.
Gosto dele, sim, afinal não se deixa de gostar da noite pro dia, mas já não me incomoda sua bipolaridade e suas atitudes para comigo. Já não tenho vontade de ensinar, de ajudar, de querer como eu queria.
Estou me desapegando cada dia mais.
Me afasto, ele se afasta e não me incomoda mais.
E assim eu me sinto.... como uma lagarta que estava presa em seu casulo e que hoje criou asas e está pronta para voar e conhecer novos lugares, novos amores e amigos.

Mas de longe o melhor de tudo é a possibilidade de uma nova amizade.

A ABELINHA DO CIUMES

As vezes somos picadas por essas praguinhas que colocam coisas nas nossas cabeças e nos fazem duvidar das pessoas mais amigas.
Bem foi isso que se passou comigo nesse ultimo fim de semana.
E ontem comentando com uma amiga sobre isso e tudo mais que rolou ela me disse pra abrir os olhos e tal e eu cheguei a seguinte conclusão.
Eu vou confiar até que me prove que não é digna da minha confiança, ai então me perde.
Até porque eu já estive do outro lado, onde a pessoa não confiou em mim. E é ruim você ser amiga de quem não confia em você.
Então lição do fim de semana, confiar até que se prove o contrário.